Resistência antimicrobiana de bactérias isoladas de amostras de animais atendidos em hospital veterinário
DOI:
https://doi.org/10.24302/sma.v5i2.1197Palabras clave:
Antimicrobianos. Micro-organismos. Múltipla resistência antimicrobiana.Resumen
Os antimicrobianos são amplamente utilizados na rotina das clínicas veterinárias, sendo o uso indiscriminado desses um dos fatores relacionados com o aumento da resistência bacteriana. Esse estudo teve como objetivo determinar o perfil de resistência de bactérias isoladas de amostras de animais atendidos em Hospital Veterinário Universitário. Foram avaliadas 168 amostras, das quais em 117 houve crescimento bacteriano proveniente de diversas afecções de 85 cães e 14 gatos, machos e fêmeas, atendidos entre fevereiro de 2012 a dezembro de 2014. Foi utilizado o método de disco-difusão e cálculo de múltipla resistência antimicrobiana (MAR) para avaliar a resistência aos antimicrobianos. Os agentes bacterianos mais encontrados foram Staphylococcus sp. 64,1% (n=75/117) e Escherichia coli 11,1% (n=13/117). Detectou-se múltipla resistência antimicrobiana em 60,9% (n=67/110) das cepas analisadas, com média de MAR de 0,35. Os antimicrobianos que as bactérias apresentaram maiores percentuais de resistência de todas as cepas foram a penicilina com 64,29% (n=18/28), a amoxicilina com 45,92% (n=45/98) e a ampicilina com 44,44% (n=32/72). Comparando as médias de MAR de 2012 para 2014 e de 2013 para 2014 das bactérias Gram positivas verificou-se uma diferença significativa (p ? 0,05). O alto índice de múltipla resistência observado comprova a necessidade do uso racional de antimicrobianos aliados aos testes de sensibilidade, educação continuada aos profissionais da saúde e educação da população sobre a sua utilidade.