Helmintos em equinos de cabanha da cidade de São José dos Pinhais – PR / Helminths in farm horses from the city of São José dos Pinhais - PR
DOI:
https://doi.org/10.24302/sma.v7i2.1611Palavras-chave:
Cavalo. Verminose. Parasitismo. Nematódeos. Horse. Verminosis. Parasitism. Nematodes.Resumo
O cavalo sempre apresentou grande importância na história da humanidade, sendo utilizado tanto para trabalho, como para lazer e provas equestres. Dentre as enfermidades que podem os acometer, a verminose é preocupante pois a fauna parasitária é responsável pela diminuição da performance e por causar inúmeros prejuízos na criação de equinos. Diante deste fato, este estudo teve o objetivo de verificar a prevalência de parasitas em equinos da raça crioula, alojados em uma cabanha na cidade de São José dos Pinhais – PR e analisar as possíveis associações entre o parasitismo, a idade e o sexo dos animais. Para isso amostras fecais foram coletadas diretamente da ampola retal de todos os animais da cabanha (n=35) e analisadas pelos métodos Gordon e Whitlock modificado sensível para 25 OPG; de Willis-Mollay e de Hoffmann, Pons e Janer. As coproculturas foram realizadas pela técnica de Roberts e O’Sullivan. As associações entre sexo e idade e parasitismo foram avaliadadas pelo Teste de Fisher e considerando significativo quando p?0,05. Todos os animais da cabanha apresentaram nas fezes ovos de helmintos, entretanto a carga parasitária foi considerada baixa (102±225 OPG). Nos cavalos com até 2 anos de idade, 100% apresentaram parasitismo por nematódeos da ordem Strongylida e 71,4% por Parascaris equorum. Naqueles cavalos com 3 a 15 anos, 96,4% apresentaram parasitismo por nematódeos da ordem Strongylida, 46,4% por P.equorum, 20,4% por Anoplocephala e 20,4% por Oxyuris equi. Nas culturas de fezes, as larvas eclodidas dos ovos da ordem Strongylida foram todas identificadas como de pequenos estrongilídeos. O parasitismo não teve influência de idade e sexo foram tanto para P. equorum (p=0,4499 idade/p=0,2489 sexo) e Oxyuris equi (p>0,99 idade/p=0,1931 sexo) e no caso do parasitismo por ciatostomíneos, todos os animais apresentaram positividade, não permitindo analisar associações. Conclui-se que medidas profiláticas, terapêuticas e orientação aos proprietários quanto ao controle da verminose equina são necessárias na cabanha.
ABSTRACT
The horse has always presented great importance in the history of humanity, being used as for work, as for leisure and equestrian events. From the diseases that can affect them, the verminous is worrying, since the parasitic fauna is responsible for diminishing the performance and for causing numerous damages in the equine breeding. Therefore, the aim of this study was to verify the prevalence of parasites in Creole breed horses from a farm in the city of São José dos Pinhais, Paraná State and analyze the possible associations between the animals’ parasitism, age and sex. For that, fecal samples were collected directly from the rectal ampoule from all animals in the farm (n=35) and analyzed through Gordon and Whitlock modified method, sensitive to 25 EPG; of Willis-Mollay and Hoffmann, Pons and Janer. The coprocultures were performed through Roberts and O'Sullivan technique. The associations between sex, age and parasitism were performed through the Fisher Test and considered significant when p?0.05. All farm animals presented helminths eggs in the feces, however the parasite load was considered low (102 ± 228 EPG). In horses up to 2 years old, 100% presented parasitism by nematodes within the order Strongylida and 71.4% presented Parascaris equorum. In horses 3 to 15 years old, 96.4% presented parasitism by Strongylid nematodes; 46.4% by P. equorum; 20.4% by Anoplocephala; 20.4% by Oxyuris equi. In fecal culture, the hatched larvae from Strongylida order were all identified as from small Strongylid. The frequency of parasitism independent of age and sex were as for P. equorum (p=0.4499 age / p=0.2489 sex) as for Oxyuris equi (p>0.99 age/ p=0.1931 sex). And in the case of parasitism by cyathostome, all animals were positive, however it was impossible to test association between the animals. It was concluded that prophylactic, therapeutic measures and guidance to the owners regarding the control of equine verminosis are necessary in the farm.