O entendimento da morte para profissionais de saúde de um hospital geral de Santa Catarina
DOI:
https://doi.org/10.24302/sma.v6i2.1107Palavras-chave:
Psicologia Hospitalar. Processo de Morrer. Enfermagem.Resumo
Com o decorrer do tempo na cultura ocidental, o tema de morte é vista pela sociedade com preconceito, onde muitas pessoas encontram dificuldades de se falar sobre esse assunto. Os profissionais de saúde que trabalham diariamente com a possibilidade de morte encaram-na como um resultado não desejado diante do objetivo de sua profissão, que é a busca da saúde e a cura das doenças. Se sentem frequentemente responsáveis pela manutenção da vida de seus pacientes, que muitas vezes encontram-se gravemente enfermos gerando situações acompanhadas de grande sofrimento, provocando em muitos deles sentimentos de impotência, culpa em relação à perda dos pacientes. Este estudo buscou compreender e refletir sobre a importância e a necessidade dos profissionais terem conhecimento sobre o tema de morte e o processo de morrer. Participaram do estudo 13 técnicos de enfermagem de ambos os gêneros, com idade entre 23 e 54 anos, atuando profissionalmente na clínica médica de um Hospital Geral. Como principais dados identificados na análise do conteúdo das verbalizações dos participantes identificou-se sentimento de compaixão e impotência, frente ao processo de morte. Com relação à percepção do processo de morrer, identificou-se que os profissionais a compreendem como um ciclo natural da vida. Através da análise das entrevistas dos profissionais foi possível identificar a necessidade da preparação emocional dos mesmos, frente aos sentimentos vivenciados por estes durante o processo de morrer de seus pacientes e da dificuldade de trabalhar esta temática com os familiares.