Racismo ambiental e o caso Braskem em Maceió-AL

uma análise na perspectiva da criminologia verde do sul

Autores

DOI:

https://doi.org/10.24302/prof.v10.5051

Resumo

A Braskem é uma das empresas petroquímicas mais rentáveis do Brasil e, desde a década de 1970, minerou sal-gema na cidade de Maceió, em Alagoas. Em 2018, a prática da empresa provocou o afundamento do solo em cinco bairros da cidade, atingindo cerca de 14 mil domicílios. A presente pesquisa busca saber qual é a relação existente entre as práticas de racismo ambiental e o caso Braskem em Maceió-AL? Para tanto, as bases teóricas que fundamentam a investigação partem da literatura em criminologia verde do Sul, sobretudo, trazendo uma perspectiva da teoria do dano social e das bases epistemológicas do racismo ambiental. Utilizou-se o método dedutivo e monográfico, bem como a técnica de pesquisa da documentação indireta.  A conclusão indica que o caso da Braskem em Maceió, no estado de Alagoas, insere-se na lógica do racismo ambiental praticado por Estados, mercados e corporações, em conexão com o projeto político e econômico de exclusão e eliminação das populações pobres e marginalizadas. Isso ocorre porque Alagoas ocupa a terceira posição no ranking dos estados com extrema pobreza no Brasil, conforme dados do IBGE, e vem sofrendo há anos com os danos socioambientais perpetrados pela empresa.

Palavras-chave: Criminologia Verde; Crimes dos poderosos; Danos sociais; Racismo ambiental.

Biografia do Autor

Alexandre Marques Silveira, ATITUS Educação

Mestre em Direito pela ATITUS Educação. Especialista em Direito Penal pela Faculdade de Direito Prof. Damásio de Jesus. Graduado em Direito pela Faculdade FMC. Professor do curso de Direito da ATITUS Educação.

Karine Agatha França, Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)

Doutoranda em Direito pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Mestra em Ciências Criminais pela Pontifícia Universidade Católica do Estado do Rio Grande do Sul (PUCRS), com bolsa CAPES. Advogada. Pesquisando criminologia verde, justiça de transição e justiça restaurativa ambiental.

Felipe da Veiga Dias, ATITUS Educação

Pós-Doutor em Ciências Criminais (PUC-RS), Doutor em Direito (UNISC). Atitus Educação. Passo Fundo. Rio Grande do Sul. Brasil.

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Publicado

2023-12-15

Como Citar

Silveira, A. M., França, K. A., & Dias, F. da V. (2023). Racismo ambiental e o caso Braskem em Maceió-AL: uma análise na perspectiva da criminologia verde do sul. Profanações, 10, 725–755. https://doi.org/10.24302/prof.v10.5051

Edição

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Artigos