A universidade e a experiência da política da amizade
DOI:
https://doi.org/10.24302/prof.v11iEsp.Dossie.5034Resumo
A escrita possui como desígnio apresentar uma proposta de análise filosófica sobre o papel da universidade e da experiência da política da amizade. Para tanto, o presente trabalho desenvolve em procedimento de interlocução cruzada (Santos, 2015), um diálogo filosófico entre as narrativas de João Paulo Barreto, quatro recortes retirados da live Epistemologia Científica X Epistemologia Indígena, realizada pelo Grupo de Estudos e Pesquisa em Filosofia Arandu, da Universidade Federal do Amazonas – UFAM, além de seis recortes selecionados da entrevista cedida a Revista Antropologia, de São Paulo. O primeiro doutor indígena em antropologia pela UFAM fala sobre seu percurso enquanto pesquisador indígena e seus métodos de estudos. Para a análise, nos apropriamos dos pressupostos teóricos de Michel Foucault, Giorgio Agamben, Linda Smith, entre outros. Dividido em cinco tópicos, além da introdução, a análise é norteada em duas questões de pesquisa a saber: 1) que condições de produção e acontecimentos foram construídos para que Barreto conseguisse tratar das relações entre epistemologia científica X epistemologia indígena no dispositivo de exercício de poder que é a universidade na contemporaneidade? 2) quais relações entre saber-poder-resistência foram construídas ou desconstruídas, no estabelecimento daquilo que chamamos de (des)ordem discursiva ou insurgência de saberes, que não os hegemônicos enquanto ciência? Nossas considerações apontam um convite para a política da amizade na possibilidade de existência das diferenças.
Palavras-chave: Universidade; Dispositivo; Contradispositivo; Política da amizade.
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