Padres burocratas de Deus, docentes do estado
o reino e a glória de Giorgio Agamben
DOI:
https://doi.org/10.24302/prof.v10.4939Resumo
Este artigo procura pensar uma possível articulação entre a arqueologia da glória pensado por Agamben em seu projeto longitudinal de constituição histórica do Homo Sacer, com a atuação da biopolítica implícita na burocratização dos processos educacionais que pesam sobre o atual contexto escolar. Valendo-nos da problematização do dispositivo da glória como máquina bipolar de gerenciamento estratégico, perguntamo-nos, por um lado, acerca das condições de possibilidades para uma emergência do messianismo e, por outro lado, das resistências ao burocratismo na escola enquanto práticas de insurreição e de desativação dos dispositivos de poder. O primeiro momento do texto é dedicado a procurar compreender as relações entre o método arqueológico de Agamben e a evocação burocrática da trindade como dispositivo de captura e de governamentalidade. O segundo momento dedica-se à relação entre messianismo e fim dos tempos a partir da ideia do homo sacer e das propaladas inovações pedagógicas do empreendedorismo, nas investidas antiburocráticas na educação como quadro performático da vida insurrecional. Nossas considerações finais são dedicadas a explorar os possíveis tensionamentos e as desativações dos dispositivos de poder e de governamentalidade nas reflexões propostas por Agamben, com uma visada sobre o burocratismo e o empreendedorismo nas pedagogias escolares.
Palavras-chave: Giorgio Agamben; Homo sacer; burocracia; pedagogia escolar.
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