Do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido e sua heterogeneidade Ontológica

Autores

DOI:

https://doi.org/10.24302/prof.v10.4933

Resumo

Este artigo refletirá sobre o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE), sua origem, sua essência, sua necessidade e a desarmonia ontológica referente ao seu conceito. Partiremos da análise filosófica do médico e filósofo Diego Gracia que, com suas ideias erigidas e sustentadas por outros pensadores aqui citados, aventa que o TCLE, em sendo o representante maior do novo modelo bioético liberal, apresenta sérias limitações. Na busca de apoiar isto, nos valeremos da especulação ontológica lançada pelo filósofo Wittgenstein, usando esta como uma ferramenta a demonstrar a não unidade ontológica do TCLE, a despeito de se tê-lo, conceitualmente, como ser, entidade ou conceito universal. Assim procuraremos justificar que a aplicação do TCLE na maioria das situações clínicas, além de comprometer a relação virtuosa e fiduciária que deva surgir entre o profissional da saúde e o paciente, será normalmente ociosa. Ressalva-se aqui, por óbvio, apenas as condições de pesquisas a serem realizadas em seres humanos.  

Biografia do Autor

Jairo Demm Junkes, Centro Universitário Leonardo Da Vinci

Formado em História - FURB (2008), Filosofia - UFSC (2017), Teologia - FAERPI (2017) e especialização em Cultura Afro-Brasileira pela Faculdades Integradas de Jacarepaguá (2009). Professor e pesquisador em História da Filosofia e Ética sob a ótica do filósofo britânico Bertrand Russell, também realizou pesquisa histórico-filosófica sobre o naturalista alemão Fritz Müller. 

Teri Roberto Guérios, Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR)

Filósofo formado pela UFSC; Médico formado pela UFPR; Mestre em Bioética pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR). Doutorando em Filosofia da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR). Paraná. Brasil.

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Publicado

2023-12-15

Como Citar

Junkes, J. D., & Guérios, T. R. (2023). Do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido e sua heterogeneidade Ontológica. Profanações, 10, 710–724. https://doi.org/10.24302/prof.v10.4933

Edição

Seção

Artigos