Vida nua e o sujeito de direito
uma dialética da oposição
DOI:
https://doi.org/10.24302/prof.v9.3953Resumo
O artigo se propõe realizar uma breve reflexão crítica ontológica, pelo viés marxista, do conceito de vida nua (homo sacer), tal como exposto na obra Homo sacer: o poder soberano e a vida nua I de Giorgio Agamben, articulando com a noção da categoria sujeito de direito, a partir da obra Teoria geral do direito e marxismo de Evguiéni B. Pachukanis. Este artigo sustenta a hipótese de que há uma dialética opositiva entre as duas categorias, pois, ao mesmo tempo que se diferenciam e se contrapõem, apresentam elementos que se cruzam e se relacionam. A vida nua, corpo matável, e a figura do sujeito de direito, ambos são capturados pelo poder soberano, portanto, estão expostos ao estado de exceção. As conclusões apontam para a urgência de se pensar novas estratégias de resistência social, política e cultural às formas abstratas de dominação e alienação do sujeito.
Palavras-chave: Vida nua. Sujeito de direito. Morte. Mercadoria. Agamben.
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