Considerações a partir do filme “O Capital” sobre a financeirização do mundo e da vida / Considerations from “The Capital” film: on the financing of the world and life
DOI:
https://doi.org/10.24302/prof.v5i1.1836Palavras-chave:
Política. Economia Financeira. Crédito. Felicidade. Politics. Financial Economy. Credit. Happiness.Resumo
O presente artigo é resultado da análise do filme “O Capital” (Le Capitale), lançado em 4 de outubro de 2013 (1h53min). Direção: Costa-Gavras. Elenco: Gad Elmaleh, Gabriel Byrne, Natacha Régnier; Gêneros: Drama, Suspense. Nacionalidade: França. A referida obra cinematográfica coloca em debate a financeirização do mundo, das relações sociais e individuais em que a sociedade contemporânea esta envolvida. O crédito que substituiu no imaginário individual e social a ideia de dinheiro, mas que preserva a sua condição “essencial” como aquilo que desperta reações, paixões, desejos mobilizando forças vitais, determinando as expectativas de vida, de futuro dos seres humanos e sociedades, apresenta-se na forma de transcendência. Assim, na condição de transcendência exige culto, sacrifico e, sobretudo crença incondicional em suas condições de efetivação de suas promessas de uma economia da salvação. A financeirização dos espaços e tempos vitais nas quais se movem sociedades e indivíduos demarca o recrudescimento da ação política realizada entre homens com o fim de potencialização do espaço público como lócus por excelência do bem viver, da busca da felicidade. O dogma da financeirização afirma diuturnamente que a felicidade pode ser comprada e, usufruída individualmente basta ter crédito, ter fé no futuro.
Abstract
This article is the result of the analysis of the film "The Capital" (Le Capitale), released on October 4, 2013 (1h53min). Direction: Costa-Gavras. Cast: Gad Elmaleh, Gabriel Byrne, Natacha Régnier; Genres: Drama, Thriller. Nationality: France. The aforementioned cinematographic work challenges the financialization of the world, of the social and individual relations in which contemporary society is involved. The credit that replaced the idea of money in the individual and social imaginary, but which preserves its "essential" condition as that which awakens reactions, passions, desires mobilizing vital forces, determining the expectations of life, the future of human beings and societies, Presents itself in the form of transcendence. Thus, in the condition of transcendence requires worship, sacrifice and, above all, unconditional belief in its conditions of realization of its promises of an economy of salvation. The financialisation of spaces and vital times in which societies and individuals move, marks the intensification of the political action carried out among men with the aim of enhancing the public space as the locus par excellence of well-being and the pursuit of happiness. The dogma of financialization affirms day after day that happiness can be bought and, enjoyed individually, it is enough to have credit, to have faith in the future.