Agamben e os pressupostos do dispositivo governamental e oikonomico
DOI:
https://doi.org/10.24302/prof.v2i2.1047Palavras-chave:
Economia. Dispositivo. Governamental. Biopolítica.Resumo
O presente artigo procura investigar a luz das pesquisas arqueológicas e genealógicas, bem como de algumas das obras do filósofo italiano Giorgio Agamben (1942), a forma como se constituiu a racionalidade política e governamental submetida aos ditames da economia financeira, tornando-se o lócus par excellence da captura da vida e de sua administrabilidade. a partir de cálculos econômicos de otimização e rentabilidade na dinâmica da produção e do consumo das sociedades contemporâneas. Ou seja, o objetivo é procurar compreender aspectos constitutivos da forma e, da dinâmica da economia política ocidental presente na modernidade e na contemporaneidade materizalizado num paradigma de gestão de homens e de coisas, submetido à égide da racionalidade econômica que se transformou em um fim em si mesmo. Paradigma que determina as formas-de-vida humana sob pressupostos biopolíticos que têm na disciplinarização e no controle da vida biológica seu eixo operativo, esvaziando a política de sua dimensão ontológica originária presente e originária na Grécia antiga, a de ser o encontro e o confronto público de plurais na busca do bem viver, na constituição do espaço público como espaço ético de exercício da liberdade política.