Determinantes do movimento pendular numa aglomeração urbana interiorana: o caso da AUNE no Rio Grande do Sul
DOI:
https://doi.org/10.24302/drd.v6i1.976Palavras-chave:
Movimento pendular. Trabalhador pendular. Cidades interioranas de porte médio.Resumo
O objetivo deste paper foi verificar e analisar, através dos trabalhadores pendulares, os determinantes do movimento pendular na Aglomeração Urbana do Nordeste (AUNe) do RS que se deslocavam através de transportes coletivos. Esses determinantes são indicativos relevantes de dimensionamento do mercado de trabalho, assim como de desenvolvimento regional, e a importância em estudá-los, se faz devido à difusão das tendências urbanas ocorridas nos grandes centros, pelo potencial que esse movimento tem em se alastrar pelo território nacional e, fundamentalmente, em razão do crescimento das cidades de porte médio e das aglomerações urbanas no interior do país. Metodologicamente, foi utilizada uma survey através da aplicação de questionários a uma amostra de 430 trabalhadores pendulares. A pesquisa apontou que é forte a tendência dos efeitos da polarização sobre o mercado de trabalho, e que esses efeitos são proporcionados pela cidade de porte médio de Caxias do Sul a qual apresentou um maior movimento centrípeto, cerca de 45% dos destinos dos trabalhadores na AUNe. Com as exceções dos municípios de Santa Tereza e Monte Belo do Sul, os demais municípios apresentaram uma pendularidade cruzada entre eles. Foi observado que existem dois tipos de determinantes que atuam sobre o trabalhador pendular: o determinante de estímulo e o determinante de continuidade. Analisando estes, os resultados apontam que o primeiro reforça a teoria de que, assim como numa região metropolitana, mesmo numa aglomeração urbana interiorana, o motivo dominante inicial nas decisões do trabalhador em realizar o movimento pendular é de natureza econômica, enquanto o determinante de continuidade, ou seja, após o trabalhador ter certa estabilidade empregatícia, agrega na discussão teórica os fatores sociais, os quais passam a ser o motivo dominante na continuidade deste fenômeno, fazendo com que não haja uma migração.Downloads
Publicado
2016-04-15
Como Citar
Stamm, C., Santos, M. S. dos, & Lahorgue, M. A. O. da C. (2016). Determinantes do movimento pendular numa aglomeração urbana interiorana: o caso da AUNE no Rio Grande do Sul. DRd - Desenvolvimento Regional Em Debate, 6(1), 63–89. https://doi.org/10.24302/drd.v6i1.976
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Artigos
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