Análise socioeconômica do maior desastre ambiental do Brasil
DOI:
https://doi.org/10.24302/drd.v14.4727Resumo
O colapso de uma barragem contendo rejeitos de mineração em 2015 é reconhecido como o maior desastre ambiental da história do Brasil. Milhões de metros cúbicos de lodo foram despejados na natureza. O ecossistema aquífero de uma região de 35 municípios foi afetado, totalizando 1,2 milhões de habitantes privados de água e suscetíveis à contaminação mineral. Os impactos foram muito além da dimensão ambiental. Neste sentido, foram analisadas as consequências socioeconômicas deste desastre sobre as condições de vida da população do município de Mariana (MG/Brasil), onde se encontrava a barragem. Com base em dados secundários oficiais e dados primários derivados de uma amostra composta de 256 entrevistas, foi utilizado o método Alkire-Foster, para avaliar as condições multidimensionais de pobreza nas quais os habitantes daquela região se encontram. Entre os resultados, evidencia-se que o número de empregos, o salário médio e a receita tributária em Mariana diminuíram no período após o colapso da barragem, fazendo com que a proporção de pessoas pobres e o nível de privação dos habitantes aumentasse. Complementarmente, observa-se um crescimento de cerca de 280% na incidência da pobreza ex post facto. O mapeamento dos impactos multidimensionais e o planejamento estratégico das ações para enfrentar as vulnerabilidades permanecem entre as prioridades imediatas para a região.
Palavras-chave: Pobreza multidimensional. Vulnerabilidades socioeconômicas. Método Alkire-Foster.
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